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50 dicas para cuidar bem do seu dinheiro e fazê-lo crescer


     DICAS PARA CUIDAR BEM DO SEU DINHEIRO E FAZÊ-LO CRESCER 

"Todos têm talento para produzir dinheiro". Com a palavra, cinco feras das finanças pessoais: Mauro Calil, Gustavo Cerbasi, André Massaro, Conrado Navarro e Marcos Silvestre

Luciane Macedo _247 - Qual o segredo da riqueza, da prosperidade e do sucesso nos investimentos, e por que almejamos pelo menos um ou todos eles? Se dinheiro não compra felicidade, ele é um componente inegável da qualidade de vida. E é ela que todos desejamos ter, hoje e sempre, por mais que o "preço" e os padrões variem de acordo com os critérios de cada um. É para manter uma qualidade de vida sustentável que ganhamos dinheiro e queremos que ele cresça com as escolhas que fazemos nos investimentos. É por esta mesma razão que não podemos deixar de gastar dinheiro, não só com o que precisamos, mas, também, com aquilo que nos traz prazer e satisfação. E nem podemos deixar de proteger nosso patrimônio e bens acumulados, para que nada nos falte diante de imprevistos ou para alimentar o sonho, ainda tão presente entre os brasileiros, de deixar de trabalhar um dia.

Pensando na qualidade de vida e nas decisões que tomamos em relação ao dinheiro, seja ao ganhá-lo, multiplicá-lo, protegê-lo ou gastá-lo, Seu Dinheiro reúne, nesta jovem edição de número 50, o "top 10 do dinheiro" de cinco feras das finanças pessoais: Gustavo Cerbasi, Mauro Calil, André Massaro, Conrado Navarro e Marcos Silvestre.


Cerbasi, um dos mais celebrados autores brasileiros quando o assunto é finanças pessoais, coloca a conversa franca sobre dinheiro, com a família e os amigos, no topo de sua lista de recomendações, e assinala que as pessoas devem dar à qualidade de vida a mesma importância que dão à moradia ou à educação. "Reserve uma verba para ser feliz", propõe. Em outubro, Cerbasi leva seu sucesso editorial às telas de cinema com "Até que a sorte nos separe", adaptação de seu best-seller "Casais inteligentes enriquecem juntos".

Atitude, e menos passividade com relação ao dinheiro, é o que propõe Calil no topo de sua lista. "Todos têm talento para produzir dinheiro", afirma o educador financeiro. Seu "top 10" antecipa várias dicas do livro "Separe uma verba para ser feliz: desfrute do dinheiro hoje, construa um amanhã próspero", que Calil lança esta semana.

Massaro, da MoneyFit, enfatiza a importância da disciplina e da motivação para se manter hábitos financeiros saudáveis, ao mesmo tempo "a parte mais fácil e mais difícil" de uma vida financeira equilibrada, avalia o educador financeiro. Outra dica valiosa é "comprar no dia seguinte": adiar uma compra por 24 horas ajuda a poupar nossa carteira das famigeradas compras por impulso. Massaro ainda chama a atenção para uma das piores armadilhas sobre dinheiro: a "contabilidade mental" das pessoas que têm, ao mesmo tempo, investimentos (a juros baixos) e dívidas (a juros altos), e pensam que estão com as finanças em dia.

Sócio-fundador de um dos sites de finanças pessoais mais acessados da internet, o Dinheirama, Navarro abre o seu "top 10 do dinheiro" com a mais simples das dicas, mas, também, uma das mais relegadas ao esquecimento: gastar menos do que se ganha. Navarro também propõe uma atitude mais responsável nas decisões sobre dinheiro: nada de culpar os outros ou "o sistema" na falta dele.

Autor do best-seller "O Plano da Virada", Silvestre propõe que as pessoas sejam não apenas mestres em fazer dinheiro, mas, também, peritos em colocar seu dinheiro para trabalhar por elas. Se só o trabalho gera riqueza, então por que deixar o dinheiro parado e ocioso? A riqueza, lembra o autor, não se dá só pelo trabalho, mas também pela acumulação: dinheiro bem aplicado rende juros, e este é um dinheiro que se ganha sem esforço.





1 Provocar conversas sobre dinheiro na família e entre amigos


2 Reserve uma verba para ser feliz, ou seja, dê à qualidade de vida a mesma importância que dá à moradia ou à educação


3 Montar um ranking de prioridades nos gastos, colocando em primeiro o que dá mais prazer, como a prática de um esporte ou a manicure semanal


4 Valorizar os pequenos itens de consumo, esforçando-se por economizar nos grandes, como casa e carro


5 Formar uma reserva de emergência antes de pensar em aposentadoria ou qualquer outro tipo de poupança


6 Estabelecer metas a alcançar no curto, médio e longo prazos


7 Ter um Plano B para cada meta


8 Contar sempre com ao menos 30% das reservas em renda fixa, com liquidez, para poder aproveitar oportunidades de consumo


9 Barganhar e comprar à vista é uma forma de investir, mas desde que você tenha também outras fontes de investimento


10 Não perca tempo demais com planejamento: simplicidade nos poupa tempo





1 Todos devem pensar em fazer dinheiro e não em ganhar dinheiro: fazerdemonstra atividade, enquanto ganhar demonstra passividade


2 Todos têm talento para produzir dinheiro, então aumente sua remuneração, seja pela maior especialização em sua atividade atual, seja por criar novas fontes de renda


3 Anteveja o que acontecerá com seu dinheiro antes de dar destino a ele. Ou seja, se você troca seu dinheiro por mais um sapato, você não tem mais dinheiro, e, sim, um artigo que sairá da moda em breve. Se você coloca seu dinheiro em uma aplicação financeira, em breve terá o dinheiro e mais uma quantia para comprar sapatos a cada estação


4 Salve seu dinheiro da morte livrando-se do consumo tolo que não te leva a lugar algum, como comer um pão de queijo enquanto espera o avião. Todos devem ter foco em consumir o que é duradouro: desta forma, as grandes conquistas serão muitas, e não raras, ficando quase sempre no campo dos sonhos, que nunca serão atingidos


5 Turbine seus investimentos: há vida muito mais rentável e segura que a caderneta de poupança


6 Todos devem ter aplicações financeiras para o curto, médio e longo prazos, e o veículo financeiro será diferente para cada prazo


7 Bolsa de Valores serve para formar valor, e não para ganhos rápidos. A fortuna acumulada virá de escolhas conscientes e boas


8 Invista fora da grande rede de varejo bancário. O que é bom para o banco só é bom para seus acionistas, e não para os clientes. Adoro ser sócio do meu banco, mas detesto ser cliente dele


9 Destine o mínimo de 10% de sua renda para investimento seu e de seus filhos. No futuro, eles te agradecerão por ter diminuído o lixo do planeta ao trocar um brinquedo por investimento, e também te agradecerão por ter garantido os estudos deles com esta troca


10 Faça seguros para proteger a você, seu patrimônio, seus bens e seus familiares dos infortúnios que a vida pode trazer e que podem destruir em segundos o que levou anos para ser conquistado





1 Controle e disciplina

É ao mesmo tempo a parte mais fácil e mais difícil de ter uma vida financeira equilibrada. O nível de conhecimento e as ferramentas necessárias para conquistar o equilíbrio financeiro são primárias, mas é preciso uma grande dose de disciplina e motivação para manter hábitos financeiros saudáveis


2 Medir sempre

O físico irlandês William Thomson (também conhecido como Lord Kelvin) cunhou a frase: "Aquilo que não se pode medir, não se pode melhorar". Isso vale para nosso dinheiro e mostra a importância de mantermos registros atualizados das nossas finanças: quanto ganhamos, quanto gastamos e em quê. É difícil melhoramos nossa vida financeira se não conseguimos "medi-la"


3 Compre no dia seguinte

Um dos maiores "destruidores de finanças pessoais" é o hábito de fazer compras por impulso. Para evitar esse tipo de armadilha, é interessante criar uma "regra" que não permita a aquisição de um produto qualquer no mesmo dia em que o vemos, a não ser que seja uma emergência ou um artigo de uso cotidiano, como itens comprados em supermercados e afins. Ao ver um produto qualquer, veja o preço, anote e vá embora. Espere o dia seguinte e, se a necessidade de comprar aquele produto ainda existir, volte na loja e compre sem culpa. Do contrário... Pessoas que conseguem adotar essa prática descobrem que a maioria das necessidades e desejos de consumo "some" no dia seguinte


4 Investir em conhecimento

Conhecimento é, em última instância, a única coisa que nós realmente "temos". Podemos perder nosso emprego, nosso dinheiro e nossos bens, mas dificilmente perdemos aquilo que está dentro de nossa cabeça. Fora que hoje estamos na "era do conhecimento" e, de uma forma ou de outra, conhecimento vale dinheiro. Quem investe em conhecimento está investindo na capacidade de gerar mais dinheiro


5 Educação financeira

Sempre negligenciada, a educação financeira é fundamental para que a pessoa consiga gerir, de forma eficiente, seus próprios recursos. Não é preciso ser um PhD em finanças ou economia, mas é preciso ter um conhecimento básico para não cair em armadilhas e não virar "refém" de profissionais de finanças como gerentes de banco e afins


6 Cuidado com a "contabilidade mental"

Uma das maiores armadilhas financeiras é a chamada "contabilidade mental". Na verdade, é uma falha lógica onde a pessoa mantém, simultaneamente, dinheiro investido (a taxas baixas) e dívidas (a taxas altas), e se sente confortável por ter "dinheiro guardado", quando deveria usar esse investimento para saldar as dívidas. Esse hábito dá uma falsa sensação de conforto e segurança, mas nos faz perder ainda mais dinheiro


7 Investimentos: expectativas realistas

A realidade do mercado financeiro brasileiro está mudando, ficando mais próxima daquilo que se pratica nas economias desenvolvidas. A má notícia é que ganhar dinheiro no mercado financeiro das economias desenvolvidas não é nada fácil, e o investidor brasileiro deve se preparar para um cenário onde os retornos vão diminuir e a volatilidade aumentar. E lembrar que a prioridade máxima do investidor não é rentabilizar seu dinheiro, e, sim, protegê-lo. No longo prazo, muitos investidores sequer conseguem proteger seu patrimônio dos efeitos da inflação


8 Riscos são reais

Como dizem muito fora do Brasil, "não há almoço grátis". Investimentos com alto potencial de retorno também têm alto potencial de risco. Não existe algo que tenha altos retornos e seja totalmente seguro. Quem não quer viver "fortes emoções" com o dinheiro deve se abster de investimentos mais ousados e ficar com o básico


9 Cuidado com os mitos

Nosso povo não prima muito pela educação financeira e pelas boas práticas na gestão do dinheiro. "Seguir a sabedoria popular" na hora de tomar decisões financeiras raramente é algo sensato. As pessoas têm uma visão bastante limitada de como funcionam os investimentos e os instrumentos de crédito, e alimentam certos "mitos", como uma crença na infalibilidade de caderneta de poupança ou a de que a Bolsa de Valores é uma espécie de "cassino". Não seja "maria vai com as outras": estude, informe-se e tome suas próprias decisões


10 Pense em ganhar

Quando se fala em finanças pessoais, normalmente se fala em práticas para gerenciar o dinheiro ou investimentos convencionais, com retornos limitados (é a realidade do mercado financeiro para a maioria das pessoas). Mas é importante lembrar que tão importante quanto cuidar bem do dinheiro é pensar em como ganhá-lo. É preciso estar constantemente "de olho" em oportunidades de negócios e de desenvolvimento profissional. Ganhar dinheiro investindo no mercado financeiro tende a ficar cada vez mais difícil, e quem quer subir o padrão de vida ou dar um "grande salto" precisa investir em desenvolvimento profissional e de negócios





1 Gastar menos do que ganha


2 Sempre esforçar-se por uma boa negociação


3 Pensar e planejar o curto, o médio e o longo prazos


4 Assumir a responsabilidade por suas decisões financeiras: a culpa não é dos outros ou "do sistema"


5 Manter um orçamento doméstico bem feito, detalhado e atualizado


6 Usar o crédito apenas quando a negociação envolver construção de patrimônio e futura geração de renda


7 Incluir o tema dinheiro na agenda familiar, com diálogo, reuniões, tomada de decisões etc.


8 Investir sempre, independentemente do valor, para que isso se torne um hábito


9 Destinar parte da receita mensal para construir liberdade futura (renda passiva)


10 Dar atenção ao cenário econômico (inflação, juros básicos etc.) paraencontrar oportunidades e fugir de armadilhas





1 "Só trabalho gera riqueza": o seu e o do seu dinheiro

A frase entre aspas é atribuída a Amador Aguiar, fundador do Bradesco, que tinha fama de trabalhador incansável. Muitos esperam de "gurus financeiros" uma fórmula mágica de riqueza com pouco ou nenhum sacrifício do dia para a noite. Isto não existe. Para prosperar, é preciso poupar uma parte do que se ganha e colocar este dinheiro para trabalhar a seu favor. Economias bem aplicadas produzem juros que se acumulam com o tempo, gerando riqueza


2 Viva um degrau abaixo, não tente bancar-se um acima

Muitas famílias, na tentativa de conquistarem o mais alto padrão de consumo possível, estão abusando do crédito e "cavando um buraco" para seu futuro. Tenha como meta viver um degrau abaixo do que lhe parece "normal" em seu meio socioeconômico. Não quer dizer que você precise viver mal. Mas se ajustar seu padrão "para baixo", vai acumular reservas que permitirão dar sustentabilidade (longo prazo) à boa vida a que está acostumado


3 Multiplique seu dinheiro com gastos mais econômicos

Controlar gastos é chato, mas será (e cada vez mais) absolutamente indispensável para quem deseja prosperidade duradoura. Não deixe de gastar! Mas passe a gastar com o que interessa mais e livre-se do que interessa menos. Assim, poderá direcionar o que foi economizado para outros gastos (imediatos ou futuros) que verdadeiramente lhe agreguem qualidade de vida


4 Pequenos gastos podem não ser tão desprezíveis assim

As aparências enganam: pequenos gastos podem não ser tão pequenos assim, e os grandes gastos podem até não ser tão nocivos se forem planejados. Um pãozinho desperdiçado por dia resulta em R$ 90 desperdiçados no ano, dinheiro que daria para fazer um belo churrasco. O gasto com o pãozinho não é pequeno demais para deixar de ser alvo do planejamento rumo à prosperidade financeira


5 Grandes gastos podem não ser tão pesados assim

Um bom planejamento financeiro pode deixar leve um gasto que parece pesado. Exemplo: pintar sua casa. Digamos que o orçamento fique em R$ 2.400,00 e que você pinte a casa a cada três anos. Dividindo R$ 2.400,00 por 36 meses e aplicando R$ 67,00 por mês na poupança durante três anos, o gasto fica leve. Após um suave esforço poupador, a família teria R$ 2.700,00 com os juros ganhos no período


6 Multiplique seu dinheiro com dívidas mais prudentes

Pagar tudo à vista e com um bom desconto é um dos segredos para enriquecer de verdade. Todos que trabalham têm o direito de querer o que é bom, mas também o dever de correr atrás do que é bom com inteligência: da forma mais rápida (quitar o bem o quanto antes), mais suave (pagando menos juros; ou, melhor ainda, não pagando juros) e mais segura (sem o risco de não conseguir pagar, perder o bem e ficar inadimplente)


7 Para realizar um sonho de consumo, parcele tudo em bons investimentos

Dificilmente alguém terá sempre dinheiro sobrando para comprar tudo que quer. Mas a única escapatória não é parcelar no cheque, cartão de crédito ou boleto do crediário. É tentador, pois se leva o bem para casa antes e paga-se depois. Mas esses parcelamentos têm um terrível defeito: a carga extra de juros. Sugiro que parcele antes, poupando e investindo todo mês, para comprar depois, à vista e com descontos. Em vez de pagar, receber juros


8 Multiplique seu dinheiro com investimentos mais dinâmicos

Muitos ainda enxergam o investimento em ações como um cassino, quando trata-se, na verdade, de uma forma superdinâmicas de investimento que pode ser muito segura. Para aplicar com segurança compatível à da poupança, invista em ações de grande liquidez com foco no longo prazo. Boas empresas, em bons setores e bem geridas tendem a ter bons resultados com o passar do tempo, e isto ajudará o preço de suas ações a crescer de forma consistente, com retorno bem acima do obtido com aplicações mais convencionais


9 Esqueça essa bobagem de querer ficar rico!

Ter muito dinheiro para quê? Para viver bem! Então, vamos mudar o foco: o objetivo final não está nos "cifrões", mas na realização de usufruir da qualidade de vida almejada. Se você acha que precisa de R$ 1 milhão (ou dois, ou três) e se der para se planejar para chegar lá, vá fundo! Mas planeje e gerencie seu dinheiro para poder viver bem hoje e sempre. Conheço multimilionários que não vivem bem, mas sei de gente com renda modesta que toca sua vida material com dignidade e coleciona sorrisos


10 Educação financeira transformadora = bom conhecimento em prática

Quem se dá bem com dinheiro cultiva em sua vida quatro providências combinadas, e a falta de uma delas na prática comprometerá as outras três: 1) qualificar-se profissionalmente, trabalhar e ganhar o máximo que conseguir de forma ética; 2) ter gastos mais econômicos, sempre enxutos e bem controlados, focados na qualidade de vida; 3) ter dívidas mais prudentes, evitando o pagamento de juros; 4) ter investimentos mais dinâmicos, para ganhar juros sobre juros



Fonte: Brasil247